Vampirismo, ou uma estadia no inferno!

(Esse post é uma tentativa desesperada de criar um texto igual aos de nossa amiga blogueira Lu Minami).

Roky Raccoon checked into his room
Only to find Gideon´s bible.

Caro, sonhei que descia ao inferno para ter com o D´emo e o Vampiro, quanta desdita! Fui recebido pelos próprios. Solícitos, como sempre. Mas percebi que não conversavam, se quer discutiam. Monologavam, seus solilóquios de botequim e afetados.
O inferno é quente, muito. E é feio também. O que tinha de belo era apenas Rocky Raccoon e a Beatrice de Dante. Linda, fresca e limpa! Queria usar uma metáfora de uma flor que nasce no deserto ou no solo vulcânico, mas se tal flor existe ignoro. Beatriz pode desanuviar o Vampiro, há o risco de que murche, mas não é o motivo do vampiro. O Vampiro quer chafurdar na lama e o fato de me sentir mudo me lembrou meu futuro de velho misantropo barrigudo e eu suspirei de contentamento e tristeza. O D´emo idem. Um misantropo é um misantropo por não conseguir, e não porque o ignoraram.
O D´emo está fodido! Que deus tenha piedade de sua alma. A lama é o lugar mais limpo que prefere estar e sua morada no inferno é onde as labaredas lambem mais ardido. Amo-te, porra!
Lá, me foi oferecido muitas coisas. Fico impressionado por não ter tocado uma bronha. Minhas angústias não foram por ralo abaixo. Melhor, não satisfaria a nada, principalmente as de carne. Odeio não satisfazer alguém que me é oferecido.
Decidi acordar antes de morrer de catapora no inferno. Juro que não sonho mais. Subi a montanha sem Eurípides, sem lágrimas, sem contentamento e sem olhar pra trás!



Isso é tudo, meu caro.