Os santos do nosso tempo.
Os santos do nosso tempo se aplicam & dormem. Queimam Na sombra do silêncio vegetam & apodrecem. Eles sonham com o apocalipse. Eles soam como jack kerouak no fim da vida em noite fria. Pálidos & sombrios. Sempre Face a face com a morte. Alcoólicos e solitários. Nascem na rua . Moram na rua. Morrem na rua. Rezam seus cânticos de agonia contida. Respiram os dias & mordem a madrugada. Se arrastam & choram. Acreditam na ilusão. São escravos da liberdade. Meus amigos eu trago na alma. Os santos do nosso tempo. Tão semelhantes a cães sem dono. Olhar de cachorro abandonado doente. Filhos do carbono & de augusto dos anjos. Seres selvagens domesticados. Delicados embrutecidos. Suaves paradoxos. Amortecidos pelo tempo. Fudidos & mal pagos. Os santos do nosso tempo amanhecem bêbados. Rotos doidos marginais na calçada. Sem rumo sem casa. Um nada. Os santos do nosso tempo passam fome. E devoram a si mesmo. As escondidas. Derretem. Acabam. Misturam-se a tudo. Dissolvem .tremem . fogem. Caem. Se afogam & não fazem milagres. Os santos do nosso tempo não são eternos.
Em memória de BUIÚ.
Em memória de BUIÚ.
3 Comments:
At 5:26 PM,
Anônimo said…
Caralho, ninguém vai comentar essa porra de post?!?!?!?
At 11:39 AM,
Lu M. said…
Uma sintese de Neil Gaiman.
Bom, muito bom!
Lu
At 11:52 AM,
Anônimo said…
num consigo me expressar!
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