Epifania

Dizem que a religião proporciona por meio do êxtase da adoração momentos de epifania. Esta afirmação serve também para aqueles que freqüentam as discotecas.
Ontem, com algumas amigas, fomos ao DJ Club. Depois de alguns percalços para encontrar o lugar, e enfrentar uma fila, conseguimos nos instalar. Estávamos bastante animados, o grande número de cabrochas nos deleitava.
No entanto, deixemos o prazer de lado e falemos dos momentos de epifania, lá pelas tantas, depois de tentativas frustradas de dançar, nós (membros do blog), Cléo Pires, Lígia e Jú descemos ao nível mais baixo do pequeno inferno e começamos a fazer movimentos que podemos chamar de dança. Notem que tínhamos os elementos para provocar epifania até em ateus: porão com cheiro de mijo, fumaça de cigarro e maconha, e falta de ar.
As meninas desistiram logo da empreitada, mas nós, os machões, continuamos e depois de demasiados pulos e gritos, estávamos vivendo juntos, mas separados, nossos momentos epifânicos. Abaixo as descrições:

TIAGO: Caiu em estado de apatia, acreditou ver a Virgem Maria, Sérgio e Cléo Pires tiveram de forçá-lo a dançar.

CLÉO PIRES: Menino do interior, achou que subindo em um banco dominaria a cidade, ao pular bateu violentamente a cabeça no teto. Viu neste momento um céu todo estrelado.

SÉRGIO: Encorajou os momentos gritando e pulando como um louco, quando Tiago e Cléo Pires desistiram e o chamavam para subir, acreditou, porém sem muita fé, ser objeto do flerte de uma das cabrochas do local.