Lust for life

Leia sempre o texto Lust for life, que é nosso primeiro post, antes de participar.

domingo, março 25, 2007

Excite o que é bom

Ao ter decidido publicar algo hoje e ter decidido seu título, pensei em um refrão: "Eu adoro um amor inventado...". Era certo. Era o título perfeito. Tudo! continha nesta frase - CAZUZA É FODA!!!!! AMO ESTE CARA.

Ok! O show acaba, a galera pediu Bizz, as pessoas escolhem suas músicas, mas Ela. Ela entrou decidida a tocar uma música, uma única e singular música. Talvez já até pensando no Bizz- afinal, como ela mesmo disse: "Só estou fazendo charminho..."( e voltou ao palco - Lindo!!!!!).

Ela toca. A música que Ela queria... E este ficou o título do post.

Porém houve outro título que quase levou, que quase ficou. Quando Ela disse que iria tocar MUTANTES, porra... PIREI!!!!(não fui ao show deles, merda tava em Santos, decidindo sei lá o que...meu futuro,talvez?! ou parte dele?! bom foda-se...). As batidas começaram... achei que fosse TOP TOP TOP!!!! Não era... (paciência... mas vamos para o refrão que ficou em segundo lugar): "Não leve a mal... Eu só quero que você me queira..."

Os caminhos que levaram a este título não foram, apenas, o fato de que os demais falam o óbvio..., mas sim por como Ela se comportou nesta música em especial. (Sim, porra!!!! Viva o que é bom!!!!! e o que isto afetou em mim...).

Não esperava ter gostado tanto do show. Não esperava; Amei! Fui, por saber que você estaria lá. Mas... numa determinada hora do show... tive de ir pra frente... tive de Vê-la de perto. E, nessas idas falei algo que até eu mesmo gostei, e que é mais para você do que para Ela(merda... o que estou postando?): "CARALHO!!! Que vontade, DESESPERADA, de ir lá e tocar Nela, abraçar Ela, ou, sei lá fazer qualquer coisa...." (e poxa!!!!Você é isto para mim... droga. Caso leia... "não leve a mal..." pensamentos inoportunos...).

sábado, março 24, 2007

pela vontade de.... GRITAR!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Há duas formas de demostrar que estas vivo. Uma ao se suicidar.

Outra e mais difícil de todas, por ser a mais louca, a mais estapafúrdia, por ser a mais egocêntrica, por ser a mais ..., é GRITAR.

Sim meus caros amigos... GRITAR. Soltar o ar dos pulmões num grito único de ódio, agonia presa, amor retido, problemas matemáticos mal resolvidos...

Ode Ao GRITO. ao BERRO, ao Erro, ao Porre, à Alergia Social, Ao nosso socialismo digerido com muita Coca-cola.

Hoje GRITO. Berro!!!! aos sonhos mal quistos, ao sexo não fecundo, ao lóbulo negro, ao DR.AL, VIVA(dia menos dia menos seremos seu paciente predileto)

Berro hoje ao dia sem ninguém. Ao poder fumar em casa. Berro à legalização da heroína, da cocaína, da morfina, da mórbia Nostalgia...

Berro para a alegria, que nunca mais volte, para a dor que nunca mais se cure. Berro aos Mutantes, à David Bowie. Berro!!!!

Berro ao vômito e sua espera pelo último gole. Berro ao Engov e aos comprimidos de dor dor-de-cabeça. Berro à minha ressaca social, moral, coloquial!!!

Berro!
BERRRRROOOOOOOOOOOOOOO!!!!!!!!!!!!!!

GRITO!!!!!!!!!

Meu último grito. Minha única mostra de vivência. BERRO. BERro, Berro, b....

Como é difícil este exercício!!!!!!!!!


Ps: Outra forma e última, e a mais divertida de todas: correr pelado pelas avenidas e ruas e praças e vielas e demais locais públicos...

sexta-feira, março 23, 2007

Quando a Vontade de chorar é maior que a de sorrir

Quanto de minha vida desperdicei por nada ter falado? Quantos amigos eu deixei de ter, por ir sozinho ao clube chutar a bola na trave?

Como a nostalgia não me é agradável - em nada!!! O que aproveitei de minha adolescência, senão centanas de patéticas cenas de frio na barriga, frases mal formuladas, hipotéticos "nãos" - porque estes de fatos nunca ocorreram, eu os criava antes deles existirem- e o abismo social?!

Se ao menos tudo isto pudesse parar... Mas é como se tudo tivesse voltado de uma única vez. E por isso toma-se cerveja, enche-se a cara e chora-se, só, num quarto trancado. Tudo o que não foi, o que nunca será. Alguém que te diz: "Acorde rapaz, você não veio para sonhar. ACORDE!!!"

"Seu maldito patético de merda!!!! O que pensas que queres fazer da vida? Sonhar?! Vender seus sonhos?! Eles são fantásticos de mais para hoje!!!!"

quarta-feira, março 21, 2007

Não se trata de uma fábaula, mas sim de uma síndrome.

Parece que a síndrome da cigarra e da formiga faz-se presente.

Sempre achei que esta fosse uma fábula engraçada que, no fim das contas, tudo acaba bem. Afinal, embora a formiga fosse a trabalhadora, a cigarra é quem era a cantora. A cigarra aqueceria o lar de todos com sua voz sibilante capaz de ser ouvida a kms de distância. Sim, ela é sem dúvida a maior das cantoras de Jazz, do mundo invertebrado... porém, formigas não gostam de Jazz. E, se, por algum motivo, ela entrou na casa das formigas para entretê-las , foi, de fato, por pura antropofagia. (ora, não vou entrar no nome técnico dado a antropofagia de insetos)

Agora que chegamos nos vinte e poucos anos para os trinta, temos a certeza de que economizar faz-se necessário para que não passemos invernos demasiado frios.

Mas como farei isso se a cerveja me chama, nos fins de semana? Como? Se todas as formas de investimento que são explicadas nas revistas, programas televisivos e demais meios de comunicação, são feitos exclusivamente para pessoas com salários fixos? E Bons...?

Não há como não pensar que, nesta merda toda, sou a porra da cigarra. Mas desafinada, sem voz de Jazzista, sem o menor conhecimento instrumental, sem o menor potencial de aquecer-me no imenso inverno dos 60 , 70, 80... que para mim trata-se da melhor safra do bom e velho Rock'n'Roll!!! E não de uma idade próxima...

Não, para mim não dá. Ficarei tão congelado quanto Jack Nicholson em 'O Ilumimado'. Não por não ter onde investir, ou não ter o que investir. Mas por não ter a resposta do 'por que investir?!'. Futuro? não me interessa. Não a mim. Mesmo este sendo um futuro de riquesas, de grana brotando da carteira...não. Não, não!!!

Se sou uma cigarra que não soube cantar durante todo verão de sua vida. Que cantou solos para platéias inexistentes. Uma cigarra, que não teve banda, que não teve audiência, que teve apenas, como fundamental companheira, a boêmia; e nela cantorias arrasadas por enormes desafinamentos, em mesas de bar com outros tantos boêmios, outras tantas cigarras, mais ou menos, desafinadas e formigas de folga, ou não... Como sobreviver ao último inverno?

Não sobreviverei...

Ao chegar este dia, aquecerei minhas cordas vocais com vinho, ópio, poesia e nicotina... E, assim que surgirem os orvalhos da primeira madrugada de inverno, rouco, farei meu último solo, numa melodia melancólica, angustiante e não menos inebriante... como um bom Jazz cantado num fim de tarde de Outono, à margem do Mississipi...

quinta-feira, março 15, 2007

No fogo, a água para mais um café sem açúcar...

Caminho. E, por mais que suba, ou desça ruas, escadas e demais localidades, a pior caminhada continua a ser aquela em que não temos noção da distância, do que será encontrado na chegada. Se haverá chegada. Não, não se trata do desconhecido. Talvez de um tipo de medo hipnótico que nos diz silenciosamente: " fique, não há nada que você já não conheça..."

E com isso nunca arriscamos, ficamos à sombra de fatos que já passaram, que nos remete à lembranças doloridas, de corpo, de frio, de barriga... talvez acreditamos ainda em uma patética esperança que chegue e nos tire desta letargia, que nos traga algo que facilite a caminhada e com isso arriscamos. Talvez.

Continuo neste caminho, solitário... à cada parada o gosto de mais um café amargo, o que me mantém acordado nesta épica jornada à procura de algo inexistente... ou já, há muito, desacreditado. Sonhos, quase que proféticos, mostram-me, tal como um "videntismo" inexato e barato, meus lábios à procura dos seus, este encontro, seus segredos, a luz, o sol, o despertador, o grande Não.

Outro café, outro fim, outra caminhada, outra qualquer coisa... outro post... outra mentira, outra ilusão perdiada, outra torrada queimada, outro despertador quebrado, outra entrevista mal-sucedida, outra música sem alegria, outro amor perdido, outro órgão congelado... outro tênis e, desta vez, durável.